Teste: novo Audi A8 tem luxo
19-01-2011 13:13Desempenho – A ideia da Audi do Brasil na hora de escolher uma versão do A8 para o país era suavizar ao máximo a imagem conservadora de um sedã grande. Daí a opção por um modelo de muita potência e capaz de apresentar um comportamento bastante esportivo. A aceleração do A8 é daquelas que comprime o corpo contra o encosto. O zero a 100 km/h é cumprido, segundo a Audi, em 5,7 segundos. O motor 4.2 V8 de 372 cv, gerenciado por um câmbio de oito marchas, teria fôlego para ir além dos 250 km/h de máxima, se o limitador eletrônico deixasse. Nota 9.
Estabilidade – O sedã da Audi se vale de recursos como ESP, tração permanente e suspensão regulável para mostrar um comportamento absolutamente neutro em qualquer velocidade. Os pneus 275/40 R19 também ajudam a manter o Audi grudado na pista. Levado ao limite, apresenta uma leve tendência de rolling – afinal, são quase duas toneladas. Nota 9.
Interatividade – Além de todas as informações estarem sempre expostas nas duas telas de cristal líquido, o A8 aceita sintonias finas. Pode-se controlar – ou deixar no modo automático – a rigidez de suspensão, o peso da direção e o regime de rotações. Tudo que ocorre no motor ou no entorno do carro fica permanentemente disponível. Além disso, muitos itens são individualizáveis, principalmente com os opcionais, que incluem ar automático com quatro zonas e memória para bancos, espelhos e volante, entre outros. Nota 10.
Consumo – Durante o teste, o A8 mostrou um consumo médio de 6,1 km/l, valor aceitável para um carro de quase duas toneladas, com um motor de 8 cilindros e com uma performance de alto nível. Nota 7.
Conforto – Por dentro, o A8 é comparável à primeira classe de um voo internacional. Quatro ocupantes têm espaço e mimos de sobra. Os bancos mais parecem poltronas, com a vantagem de ter regulagens elétricas. Um quinto passageiro – possível caso o console central traseiro seja rebatido – não teria vida tão boa. A suspensão regulável permite que a escolha entre rigidez e conforto possa ser feita caso a caso. Nota 9.
Tecnologia – A principal função do A8 é exatamente provar a capacidade tecnológica da Audi. Os principais recursos disponíveis na marca estão lá: estrutura e carroceria em alumínio, motor V8 retrabalhado, câmbio de 8 marchas, sensores no entorno do carro, recursos de auxílio à condução e máxima eficiência em todos os setores. Nota 10.
Espaço interno e porta-trecos – Os acessos ao interior são facilitados pela amplitude das portas. Afinal, são 5,14 metros de comprimento e entre-eixos de 2,99 metros. Daí o enorme espaço interno, muito bem aproveitado na arquitetura do A8. Há um número razoável de porta-objetos no interior e o porta-malas é bem generoso, com capacidade para 510 litros. Nota 9.
Acabamento – Impecável. Dos materiais empregados à construção, tudo é milimetricamente preciso. Nada é esquecido. Nem mesmo onde a vista não alcança, como a parte sob o painel ou sob a caixa de rodas. Nota 10.
Design – Cada detalhe é pensado e pesado, mas o conceito geral é conservador. A linhas são previsíveis e falta ousadia. Há, claro, a imponência intrínseca a um carro de alta performance – que exige rodas aro 19 para acomodar os gigantescos discos de freio. A ideia básica é não desagradar, principalmente os mais velhos, consumidores potenciais de sedãs grandes de luxo. Nota 8.
Custo/Benefício – A versão 4.2 FSI Quattro, a R$ 505 mil, fica um pouco acima dos R$ 490 mil da S500 e bem abaixo dos R$ 545 mil da 750. Os três são carros equivalentes, só que Audi e BMW são mais recentes – chegaram ao mercado em 2009 – e, por isso, mais valorizados. O problema é que os impostos no Brasil limitam os modelos ao alcance de magnatas. Nota 6.
Total – O Audi A8 somou 88 pontos em 100 possíveis.